domingo, 26 de junho de 2011

poesia...

Ainda não sabia de poesia...
E seus olhinhos percorriam a fantasia.
Tudo podia...
Estar aqui ou alcançar estrelas
e sem nenhum esforço, conseguir tê-las.

Ainda não sabia de poesia...
E de seus passos, a mais linda coreografia,
de sua alma a expressão que traduzia
naquela dança, a vida que em si surgia.

Ainda não sabia de poesia...
Fixava seus olhos no desabrochar da flor
e a via pequena, gigante, de toda cor.
Nenhuma outra magia a tiraria desse torpor...

Ainda não sabia de poesia...
Seus pés descalços na água do mar
transformavam sal em açúcar
e as ondas brancas, golfadas de algodão-doce,
batizavam seu corpo de menina e moça.

Percebeu a poesia...
Ao descobrir o descompasso de seu coração.
Pulsações irreverentes, batidas diferentes,
e no papel
registrou o que sentia...

Sentiu a poesia...
Descobriu sua morada.
Por todos os cantos, recantos,
encantos e desencantos.
Viu-se cercada...

E a poesia mora
na lágrima que rola,
no sorriso que esconde a dor,
no riso anunciando amor.
No botão que se transforma em flor.

Ela está por toda a parte.
Basta apenas perceber
e do estado latente,
fazê-la acontecer

sábado, 18 de junho de 2011

A decepção dói por que ela destrói toda uma estrutura que construímos em torno de um sentimento. Está tudo em nossa cabeça, mas como todo sentimento forte ela também se reflete em nosso espírito. É preciso autocontrole para refletir, frieza para planejar e criar um novo projeto para substituir o que foi destruído pela decepção. Geralmente ela é mais forte quando nos atinge naquilo que mais confiamos. Mas, o que tenho a dizer sobre o resultado? Confiar nos propósitos de Deus é essencial, manter a boa conduta também. Não posso devolver uma agressão com outra pior. A decepção vai passar, mas a lembrança fica.

sábado, 11 de junho de 2011

Trêmula de frio
Sinto vontade de você.
Pergunto-me então.
Que fazer com meu desejo
Quando mais preciso de ti e não estás?
Sem teus braços para me aquecer
E teus beijos para saciar minha sede.
Que fazer com minha vontade
Quando sou só metade?
Viajo na imaginação
Vagueio por sonhos.
Mas as cicatrizes em meu peito
Causadas pela dor da tua ausência
São testemunhas desta distância.
Saio e deixo a chuva cair sobre mim
Enquanto sinto a água correr por meu corpo.
Imagino tuas mãos
A percorrer meus caminhos.
Em delírios...
Busco-te, atingindo o êxtase.
Sinto o gozo solitário.
E logo uma lágrima
Mistura-se a água da chuva.
Mais uma vez a distância venceu...
E tua ausência é sentida

domingo, 5 de junho de 2011

As vezes eu tenho medo...


Ás vezes tenho medo ...

Medo de olhar e enxergar
Medo de sentir e gritar
Medo de escorregar e cair na lama
Medo de viver e morrer

Fico paralisada por algum tempo...

Esqueço que na vida nada é certo ou errado
Que tudo pode ser ou não
Que não há garantias
E tudo depende das minhas escolhas

Esqueço que meus olhos são estrelas
Que meus cabelos são os ventos das tempestades
E das pequenas asas nos meus pés

Esqueço que existe um vulcão dentro do meu coração
E que o sol brilha em meu peito
Intensificando a emoção
E clareando a razão

Daí-me força, meu Deus, para ser o que sou.
Força para seguir meu caminho sem medo
E ser feliz.